sábado, 27 de dezembro de 2014

CD4 e CD8, contagem de linfócitos


Como o exame é usado?

Quando uma pessoa tem o diagnóstico de HIV, a contagem de CD4, a percentagem de CD4 e a relação CD4/CD8 são usadas para avaliar o progresso da doença. Os linfócitos CD4 são o principal alvo do HIV, e seu número diminui com a evolução da doença. Como os CD4 são destruídos com maior rapidez que outros tipos de linfócitos, e as contagens absolutas variam a cada dia, é útil determinar o número de CD4 comparado com o de outros tipos de linfócitos. Com frequência, a contagem de CD4 é comparada com a contagem total de linfócitos, e os resultados são expressos como uma percentagem. Ou a contagem de CD4 é comparada com a contagem de linfócitos CD8, e o resultado é expresso em uma relação.A contagem e a percentagem de linfócitos CD4, assim como a relação CD4/CD8, avaliam o estado do sistema imunológico e o risco de complicações e de infecções debilitantes. Esses exames são usados juntamente com a carga viral do HIV, que mede a quantidade de vírus no sangue, para avaliar o progresso e o prognóstico da doença e a eficácia do tratamento.Algumas vezes, esses exames são usados para diagnosticar ou monitorar outras situação clínicas, como linfomas, transplante de órgãos ou a síndrome de DiGeorge .

Quando o exame é pedido?

As contagens de linfócitos CD4 e CD8 são pedidas com uma carga viral do HIV quando é feito o diagnóstico de HIV, como parte de uma avaliação basal. Devem ser repetidas cerca de duas a oito semanas após o início ou após uma modificação do tratamento, e a cada três a quatro meses enquanto o tratamento for mantido.

O que significa o resultado do exame?


A contagem de linfócitos CD4 pode ser interpretada como um número absoluto, em relação à contagem de CD8 ou como uma percentagem do total de linfócitos. Em geral, os valores diminuem com o progresso da doença. Os resultados variam mesmo quando não há alteração do estado clínico do paciente. Deve ser considerada a tendência de variação de diversos resultados seguidos, e não um resultado isolado.Se a contagem de linfócitos CD4 diminuir durante vários meses, o médico pode iniciar ou alterar o tratamento com antirretrovirais ou iniciar o tratamento profilático de infecções oportunísticas, como pneumonia por Pneumocystisou infecção por Mycobacterium avium. A contagem de CD4 deve se estabilizar ou aumentar com o tratamento eficaz.
De acordo com a orientação das autoridades de saúde pública, o tratamento preventivo deve ser iniciado quando a contagem de linfócitos CD4 estiver abaixo de 200/mm3. Alguns médicos preferem começar mais cedo, com uma contagem de 350/mm3. As autoridades consideram que pessoas com contagens abaixo de 200/mm3 têm AIDS, mesmo que não apresentem sinais ou sintomas da doença.

Há mais alguma coisa que eu devo saber?

A contagem de CD4 tende a ser mais baixa de manhã que à tarde. Doenças agudas, como pneumonia, gripe ou infecção por herpes simples podem causar diminuição temporária das contagens. Quimioterapia pode diminuir muito as contagens.

http://soropositivo.org/2013/11/18/cd4-e-cd8-contagem-de-linfocitos/

Brasil: aids mata menos, mas cresce entre homens e jovens

Entre pessoas de 15 a 24 anos, a taxa de detecção passou de 9,6 para 12,7 casos por cada 100.000 habitantes entre 2004 e o ano passado


O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira, Dia Mundial de Luta contra a Aids, que a mortalidade pela doença caiu 13% no país entre 2003 e 2013, passando de 6,4 para 5,7 óbitos por 100.000 habitantes. Apesar da boa notícia, o ministério destacou que preocupa o aumento da contaminação do HIV entre os jovens de 15 a 24 anos. De 2004 a 2013, a taxa de detecção passou de 9,6 para 12,7 casos a cada 100.000 habitantes. O aumento coincide com o dado divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo nesta segunda-feira, que aponta um crescimento de 21,5% nos últimos sete anos entre paulistas dessa faixa etária.
“Para nós, a conscientização dos jovens é um desafio. Eles não viram seus líderes morrerem de aids, não viveram histórias de sofrimento, não trabalham mais com os mesmos valores e referências que outras gerações viveram”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, na entrevista que apresentou os dados do Boletim Epidemiológico HIV-Aids. “Voltou a ser comum ter três parceiros diferentes em uma mesma noite. Esse tipo de comportamento que a aids parecia ter acabado está voltando”, completou Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Os homens seguem liderando o número de contaminações por aids e HIV: entre eles a taxa de detecção é de 26,9 por 100.000 habitantes — foram 25.560 casos em 2013 —, enquanto entre as mulheres o índice foi para 14,1, com 13.934 casos no ano passado. Do total de mortes por aids nos últimos dez anos, 71,3% (198.534) ocorreram entre homens e 28,6% (79.655) entre mulheres. No ano passado, 12.431 pessoas no país morreram em decorrência do vírus. 
O Ministério da Saúde classifica a aids como uma “epidemia concentrada” em populações-chave. Dos casos, 10,5% foram registrados em gays e outros HSH (homens que fazem sexo com homens), 5,9% em usuários de drogas, 5% em usuários de crack e 4,9% em trabalhadores do sexo. 
Regiões — Atualmente há no país cerca de 734.000 pessoas convivendo com HIV e aids, o correspondente a 0,4% da população brasileira. Desse total, 80% tiveram a doença diagnosticada, de modo que um em cada cinco não sabe que é portador do vírus. Em 2013, foram registrados 39.501 novos casos de contaminação do vírus. A maior parte deles está concentrada no Sudeste, com 15.243 pessoas diagnosticadas e 38,6% dos casos do país, seguido pelo Nordeste (8.625 casos), Sul (8.451 casos), Norte (4.260 casos) e Centro-Oeste (2.922 casos). 
Na divisão por Estados, enquanto a média nacional é de 20,4 casos a cada 100.000 habitantes no país, o número chega a 41,3 no Rio Grande do Sul e a 37,4 no Amazonas. O Ministério da Saúde ainda não tem uma explicação para a maior incidência nesses Estados e está fazendo estudos de caso em busca de uma solução específica para essas regiões. As avaliações serão estendidas no próximo ano para Santa Catarina e Rio de Janeiro, que também apresentam altos índices de detecção. 
Tratamento — O ministério informou também que nesse ano houve um aumento de 29% na quantidade de pessoas que iniciaram o tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre janeiro e outubro, 6.221 novos pacientes passaram a fazer o uso de medicamentos antirretrovirais, enquanto, no mesmo período de 2013, 47.506 pacientes começaram a tomar o medicamento. Atualmente, cerca de 400.000 pessoas estão em terapia com esses remédios no SUS, que concentra a maior parte do tratamento de aids no país.

O aumento no número de tratamentos, de acordo com a pasta, está relacionado a uma mudança no protocolo clínico da doença. Agora, os antirretrovirais são fornecidos inclusive para pessoas que têm teste de HIV positivo, mas não apresentam comprometimento do sistema imunológico. “O número aumentou porque nós mudamos o jeito de tratar. Antes era necessário ter uma manifestação de imunodeficiência, ou seja, quando passava a ter aids é que entrava em protocolo de tratamento”, explicou o ministro Arthur Chioro.
Atitude Abril — Um levantamento conduzido pelo Departamento de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Editora Abril, que edita VEJA, revelou que a imensa maioria dos brasileiros sabe como o vírus é transmitido e como se proteger, mas muita gente ainda dispensa o uso do preservativo e não tem o costume de fazer o teste de HIV. Parte integrante do projeto Atitude Abril – Aids, campanha institucional do Grupo Abril para a conscientização sobre a doença, o trabalho ouviu, via internet, em todo o Brasil, 15 002 homens e mulheres acima de 16 anos — 20% deles se declararam virgens e 5%, portadores do HIV. Dos sexualmente ativos, 11% têm relações desprotegidas e, deles, 33% não procuram investigar se carregam ou não o vírus. Outros levantamentos nacionais indicam números ainda maiores de displicência. Pelo menos metade dos brasileiros nunca ou raramente se protege durante o sexo. Deles, um em cada dois nunca fez o teste. Diz o infectologista Artur Timerman, uma das maiores autoridades brasileiras em aids: “Ter informação sobre determinada doença é diferente de ter consciência sobre ela. As pessoas sabem que é importante usar camisinha, mas ainda não introjetaram essa informação”.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/brasil-aids-mata-menos-mas-cresce-entre-homens-e-jovens

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

As Dúvidas

Depois de receber as receitas fiquei com muito medo dos efeitos colaterais que esses remédios podiam me causar, no dia 24 de novembro fui buscar a medicação e fui atendido por uma psicologa, então perguntei se tomando a medicação ia conseguir trabalhar normalmente e ir academia, ela falou que poderia fazer tudo que estava fazendo antes, só não poderia deixar de tomar a medicação. 
No dia 29 de Dezembro iniciei com os medicamentos, estava esperando alguns efeitos colaterais , pois o médico já tinha alertado, então fiquei com receio durante o dia, mas não teve grandes mudanças, apenas uma regularidade maior para ir ao banheiro devido ao Kaletra, geralmente vou 1 vez ao dia , mas tenho horário certo, se eu abusar na gordura daí vou mais vezes. mas isso é totalmente suportável.

A consulta


Mudança de hábito

A partir do dia 18 de Novembro de 2014  comecei a me cuidar mais, tomar vitaminas, comer bem e sempre valorizar as pessoas que me amam de verdade, comecei a me informar e ver que posso viver por muito tempo ainda se eu me cuidar, e que na verdade estou apenas com uma doença crônica.

O desespero

Segunda Feira 10 de Novembro, a ansiedade tomava conta de mim, abria o celular a todo momento, e na parte da tarde em meio a uma reunião, abri o resultado do exame que dizia reagente, no momento me segurei, e continuei trabalhando normal, mas de forma paralisada, nesse momento meus olhos encheram de água , pois tinha certeza que minha vida tinha acabado.Depois pedi para sair mais cedo do trabalho e comuniquei meu namorado para que ele viesse me buscar, na hora ela veio e ficou me consolando, pois fiquei chorando a noite toda.

A esperança

Quarta Feira dia 05 de Novembro, na parte da manhã entrava do site e nada do resultado, então fui para rodoviária e quando estava no guichê recebo uma ligação, que o resultado ia demorar um pouco, pois tinha acontecido alguns problemas. Nesse momento tirei minhas conclusões, sou HIV positivo, fui pensando nisso a viagem toda, mas ainda existia esperança.

A descoberta

Terça Feira dia 04 de Novembro de 2014, fui ao médico para realizar uma consulta de rotina, e logo após ele solicita o exame de HIV, a principio achei normal e decidi fazer no mesmo dia, fui no laboratório coletar o sangue , pois do dia seguinte tinha uma viagem a trabalho, depois da coleta a moça da recepção disse: amanhã pela manhã o Sr pode retirar seu exame pela internet, eu agradeci e fui embora.
Sejam bem vindo ao blog .

Sou o Pietro ( Nome fictício ) , descobri faz menos de 2 meses que sou HIV positivo, e durante esse tempo tenho buscado melhorar minha qualidade de vida a cada dia e também busco trocar informações com pessoas que tem o vírus.